"O encerramento de centrais a carvão pode ser suspenso até nova ordem, após exame da Agência Federal de Recursos", indica-se num acordo assinado entre os partidos da coligação de Olaf Scholz, hoje divulgado.
"Mantemos o objetivo de uma saída do carbono, idealmente até 2030", a meta fixada pelo Governo aquando da sua entrada em funções, no final de 2021.
Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, os preços do gás atingiram recordes no continente europeu.
A Alemanha é particularmente afetada, devido à dependência dos combustíveis russos, nomeadamente do gás, que representa cerca de 55% das importações.
A curto prazo, o país tenciona "reduzir o consumo de gás na produção de eletricidade".
Isto passará, segundo o acordo, pela manutenção das centrais a carvão para contrariar qualquer risco de escassez.
O abandono do carvão em 2030, e não em 2038 como previsto pelo anterior Governo de Angela Merkel, é uma das medidas da nova coligação, em que os Verdes têm lugar de destaque.
A Alemanha continua fortemente dependente do carvão após ter decidido virar as costas à energia nuclear, na sequência do acidente, em 2011, na central japonesa de Fukushima.
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