A afirmação surge um dia depois de analistas de vários países terem certificado várias inconsistências no vídeo e nas fotografias divulgados por Pyongyang na sexta-feira.
Na quinta-feira, a Coreia do Norte lançou um míssil balístico intercontinental (ICBM) que voou 1.090 quilómetros e atingiu uma altitude de mais de 6.200 quilómetros.
No dia seguinte lançou uma série de fotografias e um vídeo afirmando que o que lançou foi um Hwasong-17, um novo ICBM que tinha exibido pela primeira vez em 2020, mas que não tinha sido testado até agora.
No sábado, o analista do site especializado NK News, Colin Zwirko, foi o primeiro a alertar para as inconsistências do material, defendendo que as imagens tiradas na quinta-feira parecem ter sido misturadas com outras capturadas em 16 de março, quando a Coreia do Norte lançou um ICBM do mesmo local, mas sem sucesso.
Zwirko foi seguido por muitos analistas que salientaram estas inconsistências, desde a posição das sombras no solo até ao aspeto do terreno a partir do qual o míssil foi lançado.
No dia do lançamento, a agência Yonhap citou fontes militares sul-coreanas que consideravam que o lançamento de quinta-feira era provavelmente uma versão modificada de um Hwasong-15, um ICBM com um alcance mais curto do que o Hwasong-17.
Em qualquer caso, os peritos concordam que o último lançamento norte-coreano envia uma mensagem clara de Pyongyang, que está agora relutante em encetar um diálogo.
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