Ucrânia: Zelensky dirige-se ao parlamento grego em 7 de abril
O Presidente ucraniano vai dirigir-se ao parlamento grego em 07 de abril, menos de um mês e meio após o início da invasão russa ao seu país, onde vivem cerca de 150.000 gregos, indicou hoje fonte parlamentar em Atenas.
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Mundo Zelensky
O discurso de Volodymyr Zelensky por videoconferência, que se segue a diversas intervenções similares perante os parlamentos ocidentais, está anunciado para as 12:00 locais (10:00 em Lisboa), precisou a agência noticiosa grega Ana, ao citar fontes parlamentares.
A data de 07 de abril foi decidida durante um encontro na manhã de hoje entre o presidente do parlamento helénico, Konstantinos Tasoulas, e o embaixador da Ucrânia na Grécia, Sutenko Sergiy.
Zelensky responderá desta forma ao convite do primeiro-ministro conservador grego, Kyriakos Mitsotakis, durante uma conversa telefónica que mantiveram na sexta-feira, a terceira desde o início do conflito, precisou a Ana.
Numa mensagem vídeo difundida no domingo, Mitsotakis reafirmou que a Grécia permanece ao lado dos ucranianos na "luta contra a tirania" porque, "para os gregos, o sofrimento dos ucranianos é uma questão profundamente pessoal".
Kyriakos Mitsotakis sublinhou que Mariupol, a cidade cercada do oeste da Ucrânia, "acolhe uma importante comunidade grega de 150.000 pessoas. Ajudar o povo ucraniano não é uma questão de escolha para os gregos. É uma questão de necessidade, uma questão de princípio", disse.
No total, e após a invasão russa da Ucrânia em 24 de fevereiro, a Grécia recebeu mais de 15.000 ucranianos, incluindo 4.700 menores, indicou o ministério da Proteção do Cidadão.
Cerca de 300 refugiados provenientes da Ucrânia chegaram a Atenas ou Salónica nas últimas 24 horas, precisou este ministério.
O Presidente ucraniano já se dirigiu a diversos parlamentos ocidentais, exprimindo-se sempre através de videoconferência na sua língua (traduzida em simultâneo) e surgindo como chefe de guerra, e sentado à frente da bandeira do seu país.
A Grécia mantém relações históricas com a Ucrânia e, em particular, com Mariupol e Odessa, cidades portuárias do mar de Azov e do mar Negro, e onde há mais de dois séculos vive uma importante comunidade de origem grega.
Atenas já se manifestou disposta a reconstruir a maternidade de Mariupol e encaminhar uma missão de ajuda humanitária caso seja permitida pelos beligerantes.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.119 civis, incluindo 139 crianças, e feriu 1.790, entre os quais 200 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 3,8 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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