O contributo do Japão vai fornecer assistência alimentar a 125 famílias de refugiados (cerca de 500 pessoas) durante seis meses, proporcionado acesso a insumos agrícolas (ferramentas e sementes) e formação em tecnologias agrárias modernas, produção animal e gestão pós-colheita, segundo um comunicado do Programa Alimentar Mundial (PAM).
A seleção de famílias e avaliação vão começar em abril, enquanto a formação associada à distribuição de alimentos estão previstas para julho.
Segundo o representante do PAM em Angola, José Ferrão, o Japão tem sido um dos principais doadores para a operação de assistência aos refugiados e contribuiu com 875 mil dólares (798 mil euros) entre 2019 e 2021.
"Esta nova contribuição permitirá que o PAM comece a construir um caminho para a autossuficiência para nossos beneficiários, já que nosso objetivo final no assentamento de Lovua não é apenas ajudar os refugiados a atender suas necessidades alimentares básicas, mas também ajudá-los a restaurar seus meios de subsistência", sublinhou o responsável, citado na nota.
Em fevereiro de 2022, o PAM distribuiu alimentos, essencialmente farinha de milho, leguminosas, óleo vegetal e sal a cerca de sete mil refugiados.
"O PAM reconhece a necessidade premente de reduzir a sua dependência de assistência alimentar e tem trabalhado com o governo e parceiros para envolver os refugiados na produção de alimentos e promover oportunidades para aumentar sua autossuficiência", salienta a mesma nota.
O embaixador japonês em Angola Maruhashi Jiro, por seu lado, reafirmou o empenho do seu governo em ajudar a criar oportunidades de autossuficiência para os refugiados, envolvendo as comunidades anfitriãs na criação de ativos.
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