Os dados de mais de 600 espiões russos terão sido divulgados pelos serviços de inteligência ucranianos.
De acordo com a notícia avançada pelo The Times, a Ucrânia diz que a lista é composta por 625 russos que trabalham para o FSB - os serviços de inteligência da Rússia – e que estão “envolvidos em atividades criminosas” por toda a Europa. Além de nomes, a lista inclui modelos de carros e matrículas, números de telemóvel e datas e locais de nascimento. Todos tinham a sua morada registada em Lubianka, a sede dos serviços em Moscovo.
Esta partilha ocorre depois de ter sido intercetada uma conversa entre dois agentes do FSB a discutir a morte do major-general russo Vitaly Gerasimov e, a confirmar-se, é uma “enorme” violação de segurança para Moscovo, tal como destaca o The Times. Além disso, esta falha de segurança da Rússia poderá afetar, sobretudo, o presidente russo, Vladimir Putin, uma vez que é um ex-agente da extinta KGB, e mantém uma relação de grande proximidade com o FSB.
Andrei Soldatov, especialista em espionagem russa, indicou ao The Times que os relatórios do FSB no período que antecedeu a invasão foram “terrivelmente mal calculados”, parte da razão pela qual a invasão à Ucrânia não correu da forma que Moscovo esperava.
No início deste mês, Putin já tinha ordenado a prisão domiciliária de um chefe de espionagem russo do FSB, culpando-o pela resistência encontrada na Ucrânia.
Recorde-se que invasão russa à Ucrânia já provocou, segundo a ONU, a morte de pelo menos 1.119 civis, incluindo 139 crianças, e feriu 1.790.
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