Autarca diz que há mais de 200 crianças entre os 5.000 mortos em Mariupol
Cidade está cercada pelos russos.
© REUTERS/Alexander Ermochenko
Mundo Rússia/Ucrânia
O presidente da Câmara de Mariupol disse, esta segunda-feira, que 210 crianças já morreram desde que as forças russas cercaram a cidade, localizada no leste da Ucrânia.
Segundo revelou Vadim Boychenko, em declarações na televisão nacional ucraniana, citadas pela Sky News, 5.000 pessoas já morreram desde que Mariupol foi sitiada pelos russos, incluindo 210 menores.
O número de vítimas mortais foi confirmado por uma conselheira da Presidência ucraniana, encarregada dos corredores humanitários.
“Cerca de 5.000 pessoas foram enterradas, mas há dez dias que as pessoas já não são enterradas, por causa dos constantes bombardeamentos", disse Tetiana Lomakina, citada pela AFP, estimando que "dado o número de pessoas ainda sob os escombros (...), poderá haver à volta de 10.000 mortos”.
Boychenko adiantou ainda que cerca de 160 mil pessoas permanecem na cidade e têm de ser retiradas, alertando para uma “catástrofe humanitária”. Contudo, as forças russas continuam a impedir a saída de civis.
Sublinhe-se que a cidade portuária de Mariupol está cercada pelo exército russo desde o final de fevereiro, o que obrigou milhares dos seus habitantes a viver em condições muito difíceis, sem eletricidade, água potável ou comida.
Mariupol é uma cidade estratégica no mar de Azov, cobiçada pelos russos para que as suas Forças Armadas possam fazer a ligação entre a Crimeia anexada por Moscovo em 2014 e as regiões separatistas pró-russas de Donetsk e Lugansk, no leste do território ucraniano.
A ofensiva militar lançada na madrugada de 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de dez milhões de pessoas, mais de 3,8 milhões das quais para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
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