"O líder checheno Ramzan Kadyrov está em Mariupol para elevar o moral dos nossos combatentes", revelou Akhmed Dudayev, um dos aliados mais próximos de Kadyrov, citado pela agência de notícias russa RIA Novosti.
A mesma fonte divulgou ainda uma fotografia onde Kadyrov é visto junto de cerca de 30 homens armados numa sala, garantindo ter sido tirada em Mariupol.
Também a televisão russa publicou imagens de um encontro entre o líder checheno e um homem apresentado como um general russo, Andrei Mordvitchev, oficial que o Exército ucraniano afirma ter matado.
A agência France Presse (AFP) indicou que não conseguiu verificar estas informações de forma independente.
As forças russas, que invadiram a Ucrânia em 24 de fevereiro, tentam há várias semanas conquistar Mariupol, cidade portuária estratégica, na costa do mar Azov, que enfrenta uma situação humanitária catastrófica.
Kadyrov, líder autoritário da Chechénia, afirmou na semana passada que as suas forças tinham conquistado a Câmara Municipal de Mariupol, indicando depois que se tratava de outro prédio governativo localizado nos arredores da cidade.
Em meados de março, Kadyrov anunciou que mil "voluntários" chechenos se tinham deslocado para a Ucrânia para combater juntamente com as forças russas.
Fiel ao Presidente russo Vladimir Putin, Kadyrov, de 45 anos, tem uma milícia sob o seu comando e estas forças são acusadas de inúmeros abusos na Chechénia.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.151 civis, incluindo 103 crianças, e feriu 1.824, entre os quais 133 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 3,8 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.