Cerca de mil civis ucranianos retirados hoje por corredores humanitários

Esta segunda-feira, Kyiv anunciou que nenhum corredor humanitário para retirada de civis seria usado, de modo a evitar "eventuais provocações" russas.

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Notícias ao Minuto
28/03/2022 23:01 ‧ 28/03/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Ucrânia/Rússia

Um total de 1.099 civis foram retirados de cidades ucranianas através de corredores humanitários, revelou esta segunda-feira Kyrylo Tymoshenko, vice-chefe do gabinete presidencial ucraniano.

Segundo a Reuters, que cita o responsável, 586 pessoas saíram de Mariupol em viaturas privadas, e outras 513 foram retiradas de autocarro da região de Lugansk.

Vadim Boychenko, autarca de Mariupol, denunciou esta segunda-feira que cerca de 160 mil pessoas permanecem na cidade portuária, uma das mais afetadas pela ofensiva russa por ser um ponto estratégico para Moscovo. Além disso, mais de cinco mil pessoas terão morrido devido aos ataques russos, entre as quais 210 crianças.

O responsável adiantou também que as forças russas estão a impedir a retirada de civis e a fazer regressar à cidade muitas das pessoas que tentam escapar.

Recorde-se que os habitantes de Mariupol estão sem acesso a bens essenciais, como água, comida e medicamentos, e sem comunicações devido ao bombardeamento de torres de telecomunicações.

Esta segunda-feira, Kyiv anunciou que nenhum corredor humanitário para retirada de civis seria usado, de modo a evitar "eventuais provocações" russas.

A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou pelo menos 1.151 civis, incluindo 103 crianças, e feriu 1.824, entre os quais 133 crianças, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: AO MINUTO: Mercenários russos na Ucrânia; Ciberataque condiciona Internet

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