Austrália anuncia sanções a 39 russos envolvidos em corrupção e homicídio

A Austrália anunciou hoje sanções contra russos investigados por corrupção pelo advogado russo nascido na Ucrânia Sergei Magnitsky, bem como contra aqueles que alegadamente envolvidos na morte do advogado numa prisão de Moscovo em 2009.

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Lusa
29/03/2022 06:35 ‧ 29/03/2022 por Lusa

Mundo

Sergei Magnitsky

A nova ronda de sanções e proibições de viagens visa 14 russos acusados por Magnitsky de crimes "graves" de corrupção e 25 perpetradores e cúmplices da morte do advogado, disse a ministra dos Negócios Estrangeiros australiana, Marise Payne, em comunicado.

As medidas destinam-se a evitar que a Austrália se torne um "paraíso" para os excluídos dos países aliados e respetivos sistemas financeiros, acrescentou na mesma nota.

Desde a invasão russa da Ucrânia, a Austrália impôs uma série de punições contra Moscovo, incluindo sanções contra bancos e entidades governamentais, bem como contra políticos, incluindo o Presidente, Vladimir Putin, oficiais militares e oligarcas, entre outros.

O executivo ordenou também este mês uma proibição imediata da exportação para a Rússia de minérios de alumínio e comprometeu-se a enviar armas e assistência humanitária às tropas ucranianas.

Magnitsky, que deu o seu nome a uma lei aprovada pelo Congresso dos EUA em 2012 para reprimir os violadores dos direitos humanos na Rússia, foi detido e morreu numa prisão de Moscovo em 2009 depois de ter investigado uma alegada grande fraude fiscal perpetrada pelo Governo do seu país.

Em dezembro, a Austrália aprovou uma série de reformas inspiradas na lei Magnitsky e que foram utilizadas pela primeira vez com esta ronda de sanções, adiantou a ministra dos Negócios Estrangeiros.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.151 civis, incluindo 103 crianças, e feriu 1.824, entre os quais 133 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 3,8 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.

A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Deputada acusa soldados russos de violar e assediar mulheres ucranianas

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