Os Países Baixos expulsaram 17 agentes dos serviços secretos russos que eram tidos como diplomatas, com base em informações dos seus próprios serviços de segurança, disse o ministério dos Negócios Estrangeiros numa declaração esta terça-feira, citada pela Reuters.
"A razão para esta (decisão) é informação da AIVD e do MIVD que mostra que os indivíduos em questão, acreditados como diplomatas nas representações russas nos Países Baixos, estão secretamente ativos como agentes dos serviços secretos", disse o ministério.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Wopke Hoekstra, disse que o governo estava preparado para qualquer retaliação por parte de Moscovo.
"A experiência mostra que a Rússia não deixa tais medidas sem resposta. Não podemos especular, mas o Ministério dos Negócios Estrangeiros está preparado para vários cenários que poderão ocorrer num futuro próximo", disse Hoekstra numa declaração.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.151 civis, incluindo 103 crianças, e feriu 1.824, entre os quais 133 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 3,8 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
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