A Rússia afirma ter recrutado cerca de 16 mil combatentes oriundos do Médio Oriente, revela a BBC, que apurou ainda que os combatentes da Síria estão a receber cerca de seis mil euros mensais para lutar na guerra da Rússia contra a Ucrânia.
"O recrutamento para a Ucrânia é exatamente como recrutámos para a Líbia: há representantes nas regiões. [O recruta] tem o direito de mudar a sua decisão depois de se inscrever. Ninguém o vai forçar a ir", afirmou um recrutador à BBC.
Em declarações à estação britânica, um combatente sírio confessou que, apesar de reconhecer que a Rússia está a levar a cabo um “massacre” na Ucrânia, considera que o país está a ajudar os sírios que “não tinham dinheiro para comer”. No seu caso, voluntariou-se por causa do dinheiro mensal e também por causa do dinheiro que a família deverá receber se morrer em combate: cerca de 44 mil euros.
No início do mês, o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou ao exército para que seja facilitado o envio de “voluntários” para a Ucrânia. “Se vocês virem que as pessoas querem ir voluntariamente, que não seja por dinheiro, e queiram ajudar aqueles que vivem em Donbass (leste da Ucrânia) devem saber quem são e ajudá-los a juntarem-se na zona de combate", disse Putin em resposta a uma proposta do ministro da Defesa da Rússia.
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