ONU acusa Rússia de 24 ataques com bombas de fragmentação

As Forças Armadas russas utilizaram em pelo menos 24 ocasiões bombas de fragmentação, proibidas pela lei internacional, contra áreas povoadas na Ucrânia desde o início da invasão, denunciou hoje a Alta-comissária da ONU para os Diretos Humanos.

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Lusa
30/03/2022 17:33 ‧ 30/03/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

No decurso de uma intervenção perante o Conselho de Direitos Humanos da ONU, Michelle Bachelet referiu-se a ataques indiscriminados contra hospitais, escolas e outras infraestruturas "que estão proibidos pela lei humanitária internacional e que poderiam constituir crimes de guerra".

A Convenção sobre munições com bombas de fragmentação, em vigor desde 2010, proíbe o uso, desenvolvimento, fabrico e aquisição deste armamento devido ao seu impacto indiscriminado entre os civis, apesar de potências como a Rússia, Estados Unidos ou a China nunca a terem ratificado.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.179 civis, incluindo 104 crianças, e feriu 1.860, entre os quais 134 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de quatro milhões para os países vizinhos.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Ucrânia. PAM fornece alimentação a um milhão de pessoas

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