"Os países do Norte de África e do Médio Oriente sabem por experiência própria no passado sobre as consequências de uma campanha de intervenção militar russa", disse Blinken, ao sublinhar as intervenções de Moscovo na Síria e Líbia e o impacto na energia e na segurança alimentar que o conflito na Ucrânia está a provocar.
"A comunidade internacional deve aumentar a pressão sobre a Rússia e terminar com esta guerra injustificada e sem sentido", disse.
O Presidente argelino Abdelmadjid Tebboune referiu-se no passado à Rússia como um "país irmão" e tem mantido pressão sobre Marrocos em torno da disputa do território do Saara Oocidental, ocupado por Rabat e com Argel a apoiar os combatentes independentistas da Frente Polisário.
Após o encontro com Tebboune, Blinken disse que o conflito na Ucrânia deve impelir todos os países a reavaliarem as suas relações com a Rússia, e manifestou apoio à integridade territorial de outros Estados. "Sei que é algo que os argelinos sentem particularmente", disse.
"Por vezes há questões que emergem e de forma clara a preto e branco", prosseguiu. "É importante permanecer ao lado da vítima e defender os princípios que foram violados".
A Argélia mantém estreitos laços com a Rússia, desde a sua independência da França em 1962, após uma guerra de libertação de oito anos, e é um grande cliente de armamento russo.
A Argélia também está envolvida numa prolongada disputa com Marrocos sobre o estatuto da antiga colónia espanhola do Saara Ocidental. Argel opõe-se ao plano de Rabat para manter o controlo do território em troca de um estatuto de semiautonomia.
As autoridades argelinas não comentaram no imediato as declarações de Blinken, e após os EUA terem elogiado o plano de Marrocos como "sério, realista e credível".
Blinken deslocou-se à Argélia um dia após se ter encontrado com responsáveis marroquinos em Rabat, e onde se congratulou com o reforço dos laços deste país magrebino com Israel.
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