O gás natural russo continua a chegar à Europa esta quinta-feira, no mesmo dia a partir do qual a Rússia exige que o bem seja pago em rublos pelos países ocidentais, na sequência das sanções impostas pelos país que passou a considerar "pouco amigáveis".
Segundo fonte explicou à Reuters, alguns contratos com a Rússia envolvem que o gás seja fornecido antes do pagamento, o que significa que é possível que o fornecimento não acabe de imediato.
Também a Gazprom, o maior conglomerado de energia da Rússia, confirmou que continua a fornecer gás à Europa, continuado os fluxos constantes a partir de dois dos três principais oleodutos da Europa.
Recorde-se que Vladimir Putin assinou, ontem, um decreto-lei no qual se estabelecia a Rússia poderia rescindir contratos com os países que não pagassem o gás natural em rublos a partir de hoje, 1 de abril.
Os países do Ocidente têm vindo a dizer que não vão ceder a Putin e vão continuar a pagar o gás natural em euros ou dólares, pois, segundo o Ocidente, esta mudança representaria uma quebra de contrato por parte da Rússia.
Tanto a Alemanha como a Áustria já anunciaram que estão a fazer planos para racionar o gás importado da Rússia.
Em conferência de imprensa televisiva, Putin disse que se os países "pouco amigáveis", que são aqueles que têm vindo a impor sanções à Rússia em resultado da invasão na Ucrânia, iriam ser obrigados a ter contas na Rússia para obter gás natural (uma vez que terão que pagar em rublos).
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