O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) vai deslocar-se até à central nuclear de Chernobyl "o mais rapidamente possível" para avaliar a situação de segurança.
O anúncio foi feito por Rafael Grossi no Twitter, esta sexta-feira. "Vou liderar uma missão de assistência e apoio da AIEA à central nuclear de Chernobyl o mais rapidamente possível. Será a primeira a acontecer", escreveu o responsável.
A missão surge na sequência da retirada das tropas russas da central nuclear. Apesar de a maioria ter saído em direção à Bielorrússia, depois de terem apresentado sintomas de envenenamento por radiação, uma minoria das tropas russas foi vista na zona de exclusão de Chernobyl, segundo Energoatom, a empresa estatal que gere as centrais nucleares ucranianas. As tropas russas terão ainda construído trincheiras na zona.
I will head an @IAEAorg assistance and support mission to the #Chornobyl Nuclear Power Plant as soon as possible. It will be the first in a series of such nuclear safety and security missions to #Ukraine.
— Rafael MarianoGrossi (@rafaelmgrossi) April 1, 2022
A ofensiva militar na Ucrânia já matou pelo menos 1.232 civis, incluindo 112 crianças, e feriu 1.935, entre os quais 149 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou também a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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