Israelitas acusados de matar palestiniano em confrontos pós-orações

As forças israelitas mataram a tiro um palestiniano na cidade ocupada de Hebron, Cisjordânia, na sequência da eclosão de confrontos após as orações de sexta-feira, disse hoje o Ministério da Saúde palestiniano.

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© REUTERS/Mussa Qawasma

Lusa
01/04/2022 17:03 ‧ 01/04/2022 por Lusa

Mundo

Hebron

As tensões aumentaram nos últimos dias, quando palestinianos mataram 11 israelitas em vários ataques separados, em todo o país.

Face à situação, as forças israelitas intensificaram a segurança e lançaram operações na Cisjordânia, tendo matado, na quinta-feira, dois palestinianos durante um tiroteio.

Segundo o Ministério da Saúde palestiniano, o homem que foi hoje morto tinha 29 anos e chamava-se Ahmed al-Atrash.

Os militares israelitas não comentaram ainda o caso.

Várias centenas de colonos judeus vivem sob forte proteção militar no coração de Hebron, uma cidade com mais de 200.000 palestinianos que alberga um importante local sagrado tanto para judeus como para muçulmanos.

O serviço de emergência do Crescente Vermelho Palestiniano adiantou que dezenas de palestinianos ficam feridos em manifestações semanais noutros lugares da Cisjordânia, onde os protestos costumam incluir pedras e bombas incendiárias contra tropas israelitas, que, por sua vez, respondem com gás lacrimogéneo, balas de borracha e, às vezes, balas reais.

Segundo as autoridades locais, mais de 30.000 pessoas participaram hoje -- véspera do Ramadão - nas orações na mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, o terceiro local mais sagrado do Islão, mas não houve relatos de protestos ou violência.

O topo da colina onde a mesquita está localizada é o local mais sagrado para os judeus, que se lhe referem como o Monte do Templo, e tem sido um ponto de tensão frequente no conflito centenário.

Líderes israelitas, palestinianos e da Jordânia mantiveram uma série de conversações nas últimas semanas, e Israel demonstrou vários gestos de boa vontade para acalmar as tensões antes do Ramadão.

O objetivo é evitar uma repetição do ano passado, quando protestos e confrontos em Jerusalém durante o Ramadão desencadearam uma guerra de 11 dias em Gaza e violência judaico-árabe nas cidades mistas de Israel.

 

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Lusa/Fim

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