Na madrugada deste sábado, Zelensky partilhou mais um vídeo na sua conta de Instagram onde, fazendo referencia ao Dia das Mentiras, que aconteceu esta sexta-feira, alerta para aquelas que são as duas mentiras a serem atualmente veiculadas pelos russos.
"Os ocupantes decidiram marcar este dia 1 de Abril com duas piadas disparatadas. Uma dessas piadas é sobre as pessoas na Rússia", começa por afirmar, referindo-se ao facto de as tropas russas estarem a recrutar jovens para repor as fileiras dos seus militares.
Dirigindo-se aos russos, sobretudos aos pais dos possíveis jovens a serem recrutados para a guerra, Zelensky afirma que a Ucrânia "não precisa de mais mortos no seu país".
"Salvem os vossos filhos para que não se tornem vilões. Não os mandem para o exército. Façam tudo o que puderem para os proteger", alerta, referindo que embora não sejam cidadãos ucranianos, sente-se na responsabilidade de lançar este alerta.
A outra mentira relaciona-se com a entrada em cidades do sul do país de tropas russas que estarão a nomear líderes provisórios. Esses líderes "estão a ameaçar funcionários e empresários", refere Zelensky.
"A justiça será restaurada. Portanto, todos os que se tornaram líderes provisórios já podem registar-se algures em Rostov", disse, referindo-se a um enorme cemitério russo. "Este é o último aviso", atira.
O presidente ucraniano alerta, ainda, que a situação está a melhorar em algumas zonas do país, mas permanece "extremamente difícil" nas zonas próximas da fronteira russa, onde os invasores estão a fortificar a sua posição.
Lança por isso um alerta ao ucranianos que estão a tentar regressar a casa, avisando que ainda há uma longa batalha pela frente
"Não podemos pensar que já passámos todos os testes. Todos ansiamos pela vitória. Mas quando ela chegar, todos a verão. Todos sentirão a paz a chegar", diz.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.276 civis, incluindo 115 crianças, e feriu 1.981, entre os quais 160 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
Leia Também: Zelensky pede a Macron ajuda para cessar-fogo em Mariupol