"Próximos dias não serão fáceis", diz conselheiro presidencial ucraniano
Arestovych apelou ainda a que os ucranianos regressem à vida normal, particularmente nas zonas que foram “libertadas do inimigo”.
© Getty
Mundo Ucrânia/Rússia
O conselheiro presidencial ucraniano, Oleksiy Arestovych, avisou este sábado que ainda há "intensos combates pela frente" a sul e a leste da Ucrânia, incluindo em Mariupol, pelo que os dias que se aproximam “não serão fáceis”.
“Penso que recuperaremos Mariupol, o leste da Ucrânia, e o sul. Mas ouçam com atenção – não será fácil”, disse, citado pela CNN.
O responsável acrescentou ainda que, nos últimos dias, os esforços das tropas ucranianas têm estado concentrados em Kyiv, onde mais de 30 regiões foram recuperadas, entre elas Bucha e Brovary.
“Apreendemos muito equipamento que está vazio, sem combustível, e transferimo-lo para as forças armadas ucranianas”, revelou, adiantando que “a ofensiva está a correr bem”.
Arestovych apelou ainda a que os ucranianos regressem à vida normal, particularmente nas zonas que foram “libertadas do inimigo”.
“Nessa áreas que foram libertadas ao inimigo, que não constituem uma ameaça, principalmente nas cidades da Ucrânia central e ocidental, ou no leste e centro da Ucrânia, […] a recuperação económica é essencial para restaurar a vida política e social normal, até mesmo a vida psicológica”, argumentou.
Recorde-se que a Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.325 civis, incluindo 120 crianças, e feriu 2.017, entre os quais 168 menores, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4,1 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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