"Assassinos e violadores". Soldados russos "merecem apenas a morte"
O presidente da Ucrânia dirigiu-se às mães dos soldados russos: "Quero que cada mãe de cada soldado russo veja os corpos das pessoas mortas em Bucha, em Irpin, em Hostomel".
© Getty
Mundo Volodymyr Zelensky
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, acusou esta segunda-feira os soldados russos de serem “assassinos, torturadores, violadores e saqueadores” pelos crimes cometidos contra civis ucranianos. Numa mensagem de vídeo, o responsável dirigiu-se às mães russas: “Quero que vejam os corpos das pessoas mortas”.
“Centenas de pessoas foram mortas. Civis torturados e executados. Cadáveres nas ruas… O mal concentrado chegou à nossa terra. Assassinos, torturadores, violados e saqueadores. Autodenomina-se de exército e merecem apenas a morte após o que fizeram”, frisou Zelensky.
"Quero que cada mãe de cada soldado russo veja os corpos das pessoas mortas em Bucha, em Irpin, em Hostomel. O que é que eles fizeram? Por que é que foram mortos?", acrescentou.
Na mensagem, o presidente ucraniano enumerou alguns relatos de crimes ocorridos na Ucrânia e questionou: "O que é que o homem que estava a andar de bicicleta? Por que é que civis comuns de uma cidade pacífica foram torturados até à morte? Por que é que mulheres foram estranguladas depois de lhes arrancarem os brincos das orelhas? Como é que isto se tornou possível?".
Os primeiros relatos dos crimes surgiram no sábado, quando um repórter da agência de notícias AFP, reportou que foram encontrados os corpos de pelo menos 20 homens vestidos com roupas de civis alinhados numa rua de Bucha.
No domingo, a organização de direitos humanos Human Rights Watch (HRW) denunciou que em zonas da Ucrânia sob controlo da Rússia foram cometidas "execuções sumárias" e "outros abusos graves".
Assinala-se, esta segunda-feira, o 40.º dia da invasão russa da Ucrânia. O conflito já causou a morte a pelo menos 1.325 civis, incluindo 120 crianças, e feriu 2.017, entre os quais 168 menores, segundo dados confirmados pela ONU, que estima que o número real de vítimas civis seja muito maior.
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