Num comunicado, por ocasião dos 20 anos de paz que Angola comemora, esta segunda-feira, o Bureau Político do Comité Central do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) saudou todas as forças da nação que, de forma direta ou indireta, contribuíram para o fim do conflito armado, "que durante décadas dilacerou o país".
"Nesta ocasião, o MPLA apela ao envolvimento abnegado de todos os angolanos no processo de reforço da cidadania e da construção de uma sociedade cada vez mais desenvolvida, democrática e inclusiva, garantindo a soberania, a integridade territorial do país e a segurança dos cidadãos, com vista à defesa das conquistas duramente alcançadas, à custa do sangue derramado por muitos dos melhores filhos de Angola", sublinha-se na nota.
A maior força política angolana considera ainda que é "o partido que melhor sabe interpretar as aspirações do povo angolano, mantém o seu compromisso a favor da paz e da reconciliação nacional, refletido fundamentalmente nas medidas de políticas respeitantes ao reforço das bases da democratização da sociedade civil, potenciando a sua crescente participação no fortalecimento das estruturas familiares, na definição de políticas públicas, na reforma do Estado, ou ainda na promoção de valores culturais, patrióticos e de solidariedade entre os jovens".
"Neste ano de grandes desafios cívicos e políticos, com realce para a realização de eleições gerais, em agosto, o MPLA reafirma a sua responsabilidade em continuar a assumir o papel de vanguarda na difusão de valores e comportamentos éticos e patrióticos, com ações que enaltecem as conquistas alcançadas, e que transformem a realização do pleito eleitoral numa verdadeira festa da democracia, em que todos são chamados a participar com elevadas manifestações cívicas a favor da paz e do desenvolvimento de Angola", lê-se no documento.
A guerra civil em Angola, que durou cerca de três décadas, terminou em 04 de abril de 2002 com a assinatura dos acordos de Luena entre forças militares da União para a Independência Total de Angola (UNITA), maior partido da oposição, e do Governo, liderado desde a independência do país pelo MPLA.
Leia Também: Kwanza ganhou 23% ao dólar no primeiro trimestre