O ministro dos Negócios Estrangeiros da Lituânia, Gabrielius Landsbergis, anunciou, esta segunda-feira, que o embaixador da Rússia no país foi “convidado a sair”.
“O embaixador da Rússia foi convidado a sair da Lituânia”, escreveu o governante na rede social Twitter. “O embaixador da Lituânia na Ucrânia vai regressar a Kyiv. São decisões da Lituânia tomadas hoje”, acrescentou.
Já em conferência de imprensa, Landsbergis justificou a decisão com as “atrocidades cometidas pelas forças armadas russas” contra civis ucranianos. “Em resposta à agressão militar da Rússia contra a Ucrânia soberana e às atrocidades cometidas pelas forças armadas russas em várias cidades ucranianas ocupadas, inclusive o massacre horrível de Bucha, o governo lituano decidiu reduzir a representação diplomática e o embaixador da Federação Russa terá que abandonar a Lituânia”, afirmou.
Russian ambassador was asked to leave Lithuania.
— Gabrielius Landsbergis (@GLandsbergis) April 4, 2022
Lithuanian ambassador in Ukraine is coming back to Kyiv.
That is the 🇱🇹 decision made today.
No domingo, o ministro condenou o ataque e afirmou estar “chocado com as imagens de atrocidades horríveis” levadas a cabo pelas tropas russas. Numa nota do Ministério dos Negócios Estrangeiros, publicada também na rede social Twitter, Landsbergis afirmou que os “relatos mostram crueldade e violência deliberadas contra civis” e que os “aparentes crimes de guerra devem ser minuciosamente investigados”.
Appalled by the scenes of horrific atrocities in #Bucha & other towns in #Ukraine after the 🇷🇺 retreat. Emerging reports show deliberate cruelty & violence against civilians by 🇷🇺 forces. Such apparent war crimes must be thoroughly investigated & #Russia must be held to account.
— Lithuania MFA | #StandWithUkraine (@LithuaniaMFA) April 3, 2022
Os primeiros relatos dos crimes surgiram no sábado, quando um repórter da agência de notícias AFP, reportou que foram encontrados os corpos de pelo menos 20 homens vestidos com roupas de civis alinhados numa rua de Bucha.
Ontem, a organização de direitos humanos Human Rights Watch (HRW) denunciou que em zonas da Ucrânia sob controlo da Rússia foram cometidas "execuções sumárias" e "outros abusos graves".
Assinala-se, esta segunda-feira, o 40.º dia da invasão russa da Ucrânia. O conflito já causou a morte a pelo menos 1.325 civis, incluindo 120 crianças, e feriu 2.017, entre os quais 168 menores, segundo dados confirmados pela ONU, que estima que o número real de vítimas civis seja muito maior.
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