"Os soldados ucranianos referiam-se ao tratamento inumano que sofreram por parte da Rússia", disse em mensagem no Facebook, ao referir-se designadamente a diversos abusos físicos.
"Foram mantidos num campo, numa fossa, numa garagem. Regurlamente, um saía e era agredido nas costas, vítimas de disparos junto ao seu ouvido, intimidado", prosseguiu Denisova.
Numa referência aos marinheiros capturados nos primeiros dias da invasão na ilha das Serpentes, no mar Negro, indicou que "foram mantidos em tendas com 20 graus negativos, provocando queimaduras em muitos rapazes", e que um cão foi deixado à solta no seu campo de detenção.
Até ao momento, foram reconhecidas duas trocas de prisioneiros, em 24 de março, pela Ucrânia e a Rússia.
A primeira relacionou-se com a libertação dos 19 marinheiros ucranianos da ilha das Serpentes, contra 11 marinheiros civis retirados de um navio russo que naufragou perto de Odessa (sul), e uma segunda que envolveu dez militares de cada país.
O ministério russo dos Negócios Estrangeiros informou previamente que foram efetuadas duas outras trocas desde o início da invasão, sem precisar as datas ou o número de prisioneiros envolvidos.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.276 civis, incluindo 115 crianças, e feriu 1.981, entre os quais 160 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4,1 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos.
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