Crianças ucranianas regressam à escola... mas em Berlim

Depois de fugir da guerra na Ucrânia, um grupo de crianças ucranianas voltou a ter aulas, mas, desta vez, na Alemanha, onde é mais seguro.

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Beatriz Maio
05/04/2022 10:17 ‧ 05/04/2022 por Beatriz Maio

Mundo

Ucrânia

As imagens acima retratam o primeiro dia de aulas de várias crianças ucranianas que tiveram que se refugiar em Berlim, na Alemanha, devido à invasão russa que começou no dia 24 de fevereiro.

A emoção proporcionada pela oportunidade que a Alemanha lhes deu é visível nos rostos de quem ainda não entende bem o que se passa no seu país. “Fico emocionada quando vejo toda a ajuda e solidariedade aqui”, confessou Kerashchenko, uma mãe ucraniana, de 30 anos, que teve a possibilidade de voltar a levar os seus filhos à escola, embora num país diferente.

“Todos os dias, espero que possamos voltar para a Ucrânia, mas ainda é muito perigoso, então, por enquanto, é maravilhoso que o meu filho possa ir à escola na Alemanha”, expressou. Segundo o ABC News, as aulas para os refugiados foram organizadas por alemães que se juntaram para arrecadar fundos, organizar o espaço e divulgar o programa no Telegram.

Apesar de estarem nervosas por experienciar um regresso à escola diferente, as crianças estavam felizes pelo novo material escolar enquanto foram recebidas pelos professores em ucraniano. Alguns dos professores são efetivamente ucranianos, também refugiados da guerra, outros, residentes em Berlim, ensinarão alemão. Teatro, pintura e artesanato farão também parte das atividades. 

“As crianças estão gratas por ter algum tipo de rotina novamente e conhecer outras crianças da Ucrânia. Elas e as mães estão exaustas”, disse Tatjana Gubskaya, professora ucraniana que agora dá aulas em Berlim. Como auxílio, os professores ucranianos recebem cerca de 500 euros por mês provenientes de doações até que lhes seja dada permissão de trabalho e possam ser contratados oficialmente.

De mencionar que, como resultado da invasão russa, registam-se, até ao momento, a morte de 1.430 civis, incluindo 121 crianças, e 2.097 feridos, entre os quais 178 menores, de acordo com os dados da Organização das Nações Unidas (ONU).

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de dez milhões de pessoas, das quais 4,1 milhões para os países vizinhos. A guerra foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Vídeo mostra momento em que soldado ucraniano regressa a casa em Irpin

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