Quando entre escombros, mortes e medo, há ainda quem tenha vontade de criar vida, pode dizer que 'a esperança é (mesmo) a última a morrer'.
É isso que nos mostram mãe e filha, num bloco de prédios semidestruídos em Mariupol, onde, em plena guerra, decidiram plantar flores e dar nova vida ao local onde moram.
A cidade no sul da Ucrânia, e que é um importante ponto estratégico na invasão russa, tornou-se na zona mais devastada pela guerra.
Marcada por escombros e muita destruição, há ainda quem tente dar vida à cidade. É o caso de Viktoria Mukhina que foi fotografada na companhia da filha a plantar flores nas traseiras dos prédios.
Cenário de destruição em Mariupol ganha nova vida graças a Viktoria© Reuters
Localizada a cerca de 55 quilómetros da fronteira russa e a 85 quilómetros da zona separatista de Donetsk, Mariupol é a maior cidade ainda nas mãos Kiev na bacia do Donbass, que também inclui a região de Lugansk.
A tomada por Moscovo desta cidade portuária, povoada antes da guerra por 450.000 habitantes e localizada às margens do mar de Azov, seria um importante ponto de virada na invasão da Ucrânia.
A captura de Mariupol permitiria fazer uma ligação entre as forças russas provenientes da Crimeia anexada, que já tomaram os portos de Berdiansk e Kherson, e as tropas separatistas e russas no Donbass.
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