"Naturalmente, sem a participação da Rússia, o trabalho das estruturas e instituições da ONU é impensável", disse Dmitri Peskov.
A embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, usou a sua conta na rede social Twitter para defender que um país que está "a subverter todos os princípios básicos" da organização, com a invasão da Ucrânia, não pode continuar dentro do Conselho de Direitos Humanos.
"Em estreita coordenação com a Ucrânia e com outros estados-membros e parceiros da ONU, os Estados Unidos vão pedir a suspensão da Rússia", disse a diplomata.
A ministra dos Negócios Estrangeiros britânica, Liz Truss, prometeu na segunda-feira "não descansar" até levar a Rússia a julgamento por crimes de guerra na Ucrânia e defendeu que Moscovo "não tem lugar" no Conselho de Direitos Humanos da ONU.
"Não vamos descansar até que estes criminosos sejam levados à justiça" no Tribunal Penal Internacional, disse Truss, numa conferência de imprensa em Varsóvia, após um encontro com o homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.480 civis, incluindo 165 crianças, e feriu 2.195, entre os quais 266 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,2 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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