Num discurso à nação na terça-feira à noite, Zelensky disse que a Ucrânia está ciente de que a Rússia está a reunir reforços para outra ofensiva.
Zelensky avisou que a Ucrânia tem menos tropas e menos equipamento militar do que a Rússia
"Não temos escolha -- o destino da nossa terra e do nosso povo está a ser decidido", disse. "Sabemos por que estamos a lutar. E vamos fazer de tudo para vencer."
Também na terça-feira, o Estado-Maior da Ucrânia disse que a Rússia está a reagrupar as suas tropas e a preparar uma ofensiva em Donbass, no leste do país.
"O objetivo é estabelecer o controlo total sobre o território das regiões de Donetsk e Luhansk", referiu uma atualização publicada na página do Estado-Maior na rede social Facebook.
A retirada das tropas russas foi concluída e os militares estão a dirigir-se para a cidade russa de Valuiki, na província de Belgorado, disse o Estado-Maior.
A atualização refere que é notório "o movimento de colunas de armas e equipamentos militares no território da República da Bielorrússia" e que "uma grande parte" dos aviões e helicópteros russos foi transferida de aeródromos da Bielorrússia para a Rússia.
O Estado-Maior acredita que, nas regiões de Donetsk e Luhansk, os militares russos estão a concentrar esforços para tentar conquistar as cidades de Popasna e Rubizhne, bem como estabelecer o controlo total sobre Mariupol.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.480 civis, incluindo 165 crianças, e feriu 2.195, entre os quais 266 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,2 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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