A maioria dos residentes que ficam na cidade "não têm eletricidade, meios de comunicação, medicamentos, aquecimento ou água. As forças russas impediram o acesso humanitário, provavelmente para forçarem a rendição [dos ucranianos] dos defensores", acrescenta o documento divulgado pelo Ministério da Defesa britânico.
Na terça-feira à noite, o primeiro-ministro, Boris Johnson, publicou nas redes sociais, expressando-se em russo, uma mensagem vídeo em que pede aos cidadãos da Rússia que procurem informar-se sobre as "atrocidades" que as tropas do Kremlin estão a cometer na Ucrânia, numa referência direta ao cenário de violência em Bucha, nos arredores de Kiev.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.480 civis, incluindo 165 crianças, e feriu 2.195, entre os quais 266 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,2 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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