Civis deslocam-se a zoo de Kharkiv para salvar milhares de animais

Os civis ucranianos têm vindo de Kyiv, Odessa, Dnipro e de outras cidades ucranianas.

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© Reprodução Faldman Ecopark/ Twitter

Notícias ao Minuto
06/04/2022 12:28 ‧ 06/04/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Kharkiv

Milhares de animais estão a ser salvos e transportados por civis para outras cidades depois de o dono do jardim zoológico Faldman Ecopark, em Kharkiv, anunciar que iria "colocar a dormir" os 6.810 animais que se encontram no local.

Num vídeo chegou até ao programa norte-americano Late Night Show, Oleksandr Feldman disse que, apesar muitos animais terem sobrevivido aos bombardeamentos na cidade, um dos ataques danificou as estruturas do local, deixando a estrutura comprometida.

Segundo o dono do parque, numa semana mais de 800 pessoas chegaram ao local para ajudar não só a transportar os animais, como também providenciaram água e comida para os animais. Os civis têm vindo de Kyiv, Odessa, Dnipro e de outras cidades.

"Posso dizer que o parque foi quase todo destruído", disse Feldman, acrescentando as jaulas de alguns animais selvagens, como leões e tigres, foram destruídas. 

O empresário contou que o local onde estão os ursos se encontram em situação "precária" e que as opções, neste momento, são  "matá-los, mantê-los anestesiados ou mudá-los de local".

Oleksandr Feldman referiu ainda que eutanasiar os animais era a única forma de não colocar a população de Kharkiv em risco, uma vez que não havia projetos para transferir os animais para outros locais.

Recorde-se que os animais também têm sido uma preocupação durante esta guerra, tendo já havido relatos de civis e militares que salvaram animais selvagens.

Sublinhe-se que a Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro. Os dados mais recentes da ONU, que alerta para a probabilidade e o número real de vítimas civis ser muito maior, indicam que a guerra já matou pelo menos 1.480 civis, incluindo 165 crianças. Além disso, a invasão provocou mais de 11 milhões de deslocados.

Leia Também: Ucrânia. "Precisamos de ganhar esta guerra. Não temos outra pátria"

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