"Ontem [quarta-feira] deixei claro que convido cordialmente os ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO para uma reunião informal em maio em Berlim para que, de olho nesta guerra terrível, possamos continuar a estar de acordo", disse Baerbock à chegada hoje a Bruxelas para uma reunião com aliados.
Baerbock, cujo país exerce atualmente a presidência do G7, encetou o convite aos ministros dos Negócios Estrangeiros do grupo dos países mais industrializados do mundo, aproveitando o facto de o chefe da diplomacia japonesa, Yoshimasa Hayashi, estar também presente na NATO juntamente com os seus homólogos da Austrália, Nova Zelândia e Coreia do Sul.
"É importante deixarmos claro que estamos unidos diante dos crimes de guerra que testemunhámos nos últimos dias", disse, referindo-se ao massacre de civis na cidade ucraniana de Bucha que divulgados após a retirada das tropas russas.
"Respondemos à desumanidade de Bucha e Mariupol com uma humanidade conjunta", disse, adiantando que os países ocidentais vão aprovar novas sanções contra a Rússia, como as aprovadas quarta-feira pelos Estados Unidos contra duas filhas do presidente russo Vladimir Putin.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.563 civis, incluindo 130 crianças, e feriu 2.213, entre os quais 188 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,2 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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