As expulsões afetam três diplomatas da embaixada da Rússia em Viena e um do consulado-geral da Rússia em Salzburgo, de acordo com declarações de uma porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros recolhidas pelos media locais.
O ministro dos Negócios Estrangeiros austríaco, o conservador Alexander Schallenberg, ainda defendeu na passada terça-feira que não tinha provas de violação de normas diplomáticas para justificar qualquer expulsão.
O governante alertou igualmente que a expulsão de diplomatas russos traria uma resposta semelhante da Rússia e argumentou que a Áustria precisa ter "olhos e ouvidos" em Moscovo.
Na justificação para a expulsão agora decidida consta que os quatro diplomatas infringiram as normas da Convenção de Viena, numa aparente referência a atos de espionagem.
A Áustria é um dos últimos países da União Europeia a aderir às expulsões de diplomatas russos, uma onda que se acelerou após a divulgação de imagens do massacre de civis, atribuído às tropas russas, na cidade ucraniana de Bucha.
Apesar do seu estatuto neutro, a Áustria aderiu às sanções europeias contra a Rússia por causa da invasão da Ucrânia, embora mantenha relações económicas importantes com a Rússia, incluindo uma dependência significativa do gás russo.
Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, Viena é considerado um dos principais centros de espionagem internacional.
Além disso, a capital austríaca abriga dezenas de organizações internacionais, incluindo a Agência Internacional de Energia Atómica, a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa ou a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
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