O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse esta quinta-feira que "fornecer armas à Ucrânia não contribuirá para o sucesso das negociações russo-ucranianas", acrescentando ainda que “é claro que isso provavelmente terá um efeito negativo", cita a Reuters.
O responsável salientou também que a Rússia vai ponderar sobre a participação no G20 dependendo de como os eventos relacionados com a guerra forem acontecendo.
A reunião das 20 maiores potências económicas acontece na Indonésia no fim deste ano e sobre este tema o Kremlin afirmou: "Vamos esclarecer isto, afinal a Indonésia é o organizador".
Esta questão da não participação da Rússia na reunião do G20 surgiu no mês passado quando começou a ser discutida por diferentes países que fazem parte da organização. Esta possibilidade será provavelmente vetada por países como a Índia, Arábia Saudita e China.
Recorda-se que a Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.563 civis, incluindo 130 crianças, e feriu 2.213, entre os quais 188 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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