Nagorno-Karabakh: Rússia saúda preparativos para conversações de paz

A presidência russa considerou hoje "muito positivo" o anúncio sobre os preparativos para conversações de paz entre o Azerbaijão e a Arménia, ex-republicas soviéticas do Cáucaso, que disputam a região do Nagorno-Karabakh. 

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Lusa
07/04/2022 13:20 ‧ 07/04/2022 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

"É muito, muito positivo. Saudamo-lo", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov em conferência de imprensa. 

"É evidente que o processo vai prolongar-se durante muito tempo", sublinhou Peskov, que qualificou a iniciativa como "positiva" por demonstrar a vontade dos dois países "em avançarem para um acordo de paz".

Após um encontro entre o primeiro-ministro da Arménia e o Presidente do Azerbaijão, realizado na quarta-feira em Bruxelas sob mediação da União Europeia, Nikol Pashinian e Ilham Aliev, respetivamente, pediram aos seus chefes da diplomacia para "iniciarem os preparativos para as conversações de paz entre os dois países".

Num comunicado divulgado hoje, o governo arménio indica ter sido "alcançado um acordo" naquele encontro "para o estabelecimento de uma comissão bilateral sobre as questões dos limites fronteiriços".

A comissão vai ficar responsável pelas garantias de segurança e estabilidade ao longo da fronteira, disse à agência France-Presse uma fonte que acompanhou o encontro.

As ex-Repúblicas soviéticas da Arménia e do Azerbaijão lutam há três décadas pela região de Nagorno-Karabakh, território com maioria arménia e que declarou a secessão do Azerbaijão.

A última guerra na região ocorreu em novembro de 2020. Sob a mediação de Moscovo, a Arménia e o Azerbaijão firmaram um cessar-fogo que pôs fim ao conflito armado de seis semanas e a Rússia enviou "forças de manutenção de paz" para a região. 

Os combates, que fizeram mais de 6.500 mortos em 2020, ficaram marcados pela derrota da Arménia cujo governo foi obrigado a ceder importantes territórios que controlava desde a primeira guerra do início dos anos 1990. 

A região do Nagorno-Karabakh separou-se do Azerbaijão após o colapso da União Soviética, tendo a guerra dos anos 1990 provocado a morte de 30 mil pessoas e milhares de refugiados. 

Leia Também: Kremlin diz que envio de armas dos EUA "não contribuirá" para negociações

 

 

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