O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, reagiu à suspensão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), mostrando-se “grato” aos estados-membros que votaram a favor da moção.
“O direito da Rússia de pertencer ao Conselho de Direitos Humanos da ONU foi suspenso. Criminosos de guerra não têm lugar em organismos da ONU destinados à proteção dos direitos humanos”, apontou o responsável, numa publicação na sua conta da rede social Twitter.
Kuleba mostrou-se também “grato” a todos os estados-membros que apoiaram a moção, colocando-se, assim, “no lado certo da história”.
Russia’s rights of membership in the UN Human Rights Council has just been suspended. War criminals have no place in UN bodies aimed at protecting human rights. Grateful to all member states which supported the relevant UNGA resolution and chose the right side of history.
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) April 7, 2022
A votação, que ocorreu durante a tarde desta quinta-feira, obteve 93 votos a favor, 24 contra e 58 abstenções.
Recorde-se que a embaixadora norte-americana na ONU, Linda Thomas-Greenfield, pediu, na terça-feira, a suspensão da Rússia naquele organismo das Nações Unidas, após a descoberta de dezenas de cadáveres de civis em Bucha, na Ucrânia.
Sendo a Rússia um membro permanente do Conselho de Segurança da ONU – assim como o Reino Unido, a China, a França e os Estados Unidos – não pode ser removida do organismo. Nesse sentido, a sua suspensão é encarada como uma forma significativa de as Nações Unidas mostrarem desaprovação pelas ações russas na Ucrânia.
De notar que a Líbia tinha sido, até agora, o único país a perder o estatuto enquanto membro do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em 2011, devido à repressão aos protestos populares no país por parte do regime de Muammar Kadhafi.
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