Em comunicado, a OMS especifica que a maioria dos ataques foi a instalações da rede de saúde, embora em 13 casos tenham tido como alvo veículos, incluindo ambulâncias.
"Estamos indignados com o facto de esses ataques continuarem, o que constitui uma violação do direito internacional humanitário", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, que reiterou o pedido para que a Rússia acabe com o conflito.
Esses ataques terão efeitos de longo prazo no sistema de saúde ucraniano, alerta a OMS, observando que quase mil unidades de saúde estão em zonas de conflito ou próximas das linhas de frente.
"Profissionais de saúde em todo o país estão a arriscar as suas vidas para ajudar aqueles que precisam de cuidados de saúde e nem eles nem seus pacientes devem ser alvos", insistiu Jarno Habicht, representante da OMS na Ucrânia.
A Rússia lançou, em 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.611 civis, incluindo 131 crianças, e feriu 2.227, entre os quais 191 menores, segundo os mais recentes dados da Organização das Nações Unidas, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para os países vizinhos.
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