"Sanções progressivas não vão funcionar". Discurso viral de eurodeputado

A intervenção do eurodeputado belga Guy Verhofstadt ficou viral das redes sociais.

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Beatriz Cavaca
08/04/2022 10:37 ‧ 08/04/2022 por Beatriz Cavaca

Mundo

Ucrânia/Rússia

Numa sessão parlamentar esta quarta-feira no Parlamento Europeu, o eurodeputado belga Guy Verhofstadt manifestou-se contra as medidas adotadas pela União Europeia, que considera que não "vão funcionar" contra o regime de Putin.

O discurso entretanto partilhado nas redes sociais acabou por ficar viral, tendo em conta a energia das críticas do representante que, de forma emocionada, expressou a sua solidariedade para com a Ucrânia.

É ridículo! Sanções progressivamente mais duras não vão funcionar com Putin”, disse o eurodeputado Guy Verhofstadt, enquanto se dirigia diretamente ao chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell. Esclareceu ainda que “pacotes de sanções progressivas não funcionam quando estamos perante um autocrata. Isso funciona quando estamos a lidar com uma democracia, onde há uma verdadeira opinião pública. Na Rússia, já não há uma verdadeira opinião pública”.

Afirmou ainda que as sanções impostas pela UE eram “ridículas” e lamentou que se continue sem penalizar verdadeiramente os oligarcas russos e “as 6.000 pessoas que trabalham verdadeiramente com Putin”. Alertou ainda o parlamento que “nós sabemos quem elas são, temos a lista, [o opositor russo] Alexei Navalny fez essa lista“ e afirmou que “são essas pessoas que é necessário penalizar”.

Por fim, pediu: “É hora de mudar a estratégia. É tempo de marcar um novo Conselho Europeu o mais rapidamente possível, para avançar imediatamente para o pacote total de sanções“. Referiu também que “tudo o resto, que não seja isso, apenas irá prolongar a guerra. Apenas irá resultar em mais matanças de ucranianos”.

Ainda antes de terminar ainda deixou um recado direto à Alemanha, alertando que “depois dos horrores da Segunda Grande Guerra, emergiu uma Alemanha forte e democrática. É dessa Alemanha que esperamos liderança, não um arrastar dos pés como aquele que estamos a ver hoje em dia“.

Veja aqui este momento do deputado belga:

Leia Também: Ucrânia: UE diz que é tempo de o Kremlin ouvir a voz das Nações Unidas

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