Rússia diz que vai redirecionar vendas de carvão e não antevê problemas

A Rússia disse hoje que vai redirecionar as suas vendas de carvão, após a União Europeia decidir que, a partir de agosto, deixa de comprar este combustível, em mais uma sanção a Moscovo pela guerra na Ucrânia.

Notícia

© Reuters

Lusa
08/04/2022 18:12 ‧ 08/04/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

"As vendas de carvão, à medida que a Europa deixar o comprar, o que está calendarizado pelo que sei, serão reorientadas para mercados alternativos", explicou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, numa conferência de imprensa.

Sublinhou que, " o carvão continua a ser uma mercadoria altamente procurada", deixando a ideia de que a Rússia não espera ter grandes dificuldades em encontrar novos mercados ou em expandir os existentes fora do continente europeu.

Na quinta-feira, o vice-primeiro-ministro russo Alexandr Novak tinha anunciado que as exportações poderiam ser redirecionadas para a região Ásia-Pacífico e advertiu que há países europeus que têm uma dependência significativa do carvão russo e aos quais será difícil abdicar do fornecimento russo.

O Conselho da União Europeia adotou hoje o quinto pacote de sanções à Rússia pela sua contínua agressão militar contra a Ucrânia e "atrocidades" cometidas pelo exército russo, que contempla a proibição de importação de carvão, a partir de agosto, além de outras sanções.

Segundo os cálculos de Bruxelas, a proibição de importar carvão russo privará os cofres russos de 4.000 milhões de euros por ano.

A Rússia é o principal fornecedor de energia da União Europeia, que lhe compra 46,7% do carvão que utiliza, 40% do gás natural e 27% do petróleo.

Os dois últimos combustíveis ficaram de fora do novo pacote de sanções da EU à Rússia, apesar de terem um maior impacto económico: dos 99 mil milhões de euros que os 27 pagaram a Moscovo pela energia importada no ano passado, 74 mil milhões foram para o petróleo, 17,3 mil milhões para o gás e 5,4 mil milhões para o carvão.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que que condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Autoridades de Odessa decretam recolher obrigatório

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas