O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Yves Le Drian, juntou-se ao coro de condenações ao ataque em Kramatorsk, onde morreram pelo menos 50 civis na estação de comboios apinhada de refugiados. Le Drian considerou que o ataque desta sexta-feira é um "crime contra a humanidade".
Em entrevista à televisão France 5, o chefe da diplomacia francesa disse que o bombardeamento é "sórdido" e provocou "mais uma carnificina".
"Eles atacaram a estação, com refugiados civis, então responderão por crimes contra a humanidade", disse Le Drian, que salientou que "estes crimes não podem ficar impunes".
O ataque à estação de Kramatorsk, um dos pontos de fuga mais utilizados pelos ucranianos para abandonar a região do Donbass, no leste da Ucrânia, surge depois das autoridades de Kyiv terem apelado para que as pessoas fujam dessa região, perante uma iminente ofensiva russa redobrada.
Até ao final desta tarde, as autoridades ucranianas apontam que morreram pelo menos 50 civis na estação, mas há várias dezenas de feridos nos hospitais na região.
A guerra na Ucrânia fez mais de 1.600 mortos entre a população civil, segundo dados da Organização das Nações Unidas, que alerta que o número real de mortos poderá ser muito superior, devido às dificuldades em contabilizar mortos em regiões ocupadas e cercadas pelos russos.
Da Ucrânia fugiram também mais de 4,3 milhões de refugiados, com a maioria a sair do país através da Polónia.
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