O presidente da República da Chechénia, Ramzan Kadyrov, avisou, esta segunda-feira, que a Rússia está a planear uma ofensiva não só em Mariupol, neste momento sitiada pelas forças russas, mas também em Kyiv e outras cidades da Ucrânia.
“Vamos libertar Lugansk e Donetsk primeiro, e depois tomar Kyiv e todas as outras cidades”, disse, numa mensagem em vídeo publicada na sua conta do Telegram, citada pela Reuters.
Kadyrov, aliado do presidente russo Vladimir Putin, assegurou que a capital ucraniana será tomada pelo exército russo.
“Garanto-vos: não vamos recuar”, avisou.
Recorde-se que o líder da Chechénia tem sido alvo de várias acusações de violação de direitos humanos por parte dos Estados Unidos e da União Europeia (UE), negadas pelo mesmo.
Após duas guerras com os separatistas da Chechénia, depois da queda da União Soviética, a Rússia concedeu autonomia a Kadyrov, considerando um dos homens fortes de Putin.
A Rússia lançou uma ofensiva militar na Ucrânia a 24 de fevereiro, que já provocou a morte de pelo menos 1.793 civis, incluindo 176 crianças, e feriu 2.439, entre os quais 336 menores, segundo os dados mais recentes Organização das Nações Unidas (ONU).
O conflito levou também à fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,5 milhões para os países vizinhos, e a um número indeterminado de baixas militares.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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