Autarca de Mariupol diz que já morreram mais de 10 mil civis na cidade
A região tem sido uma das mais afetadas pela invasão das tropas russas.
© Reuters
Mundo Mariupol
O presidente da Câmara de Mariupol disse, esta segunda-feira, que já morreram mais de 10 mil civis na região.
Segundo o autarca disse à Associated Press, o número de mortes na região pode, no entanto, superar as 20 mil.
Vadym Boychenko descreveu o massacre em Mariupol dizendo que as tropas russas "alcatifaram" as ruas da cidade com cadáveres e acusou os militares de levarem crematórios móveis para a região.
Vadym Boychenko, que falava à agência Associated Press (AP) através de uma entrevista telefónica, realçou também que as forças russas movimentaram para aquela cidade equipamentos móveis de cremação, para descartar os corpos que vão "preenchendo as estradas".
O autarca acusou ainda Moscovo de recusar a entrada de comboios humanitários na cidade, na tentativa de esconder a "carnificina".
As forças russas levaram muitos corpos para um centro comercial de grande dimensões, onde se encontram instalações de armazenamentos e frigoríficos, acrescentou.
Ainda o hoje o presidente da Ucrânia se referiu, durante uma intervenção no Parlamento sul-coreano, à situação em Mariupol.
"Mariupol foi destruída, há dezenas de milhares de mortos, mas mesmo apesar disso, os russos não estão a parar a sua ofensiva", referiu Volodymyr Zelensky, que acrescentou que o país que a Ucrânia precisa "de mais ajuda" para sobreviver à guerra.
O chefe de Estado da Ucrânia disse ainda que as tropas do Kremlin tinham destruído áreas residenciais e cidades "conscientemente", com recurso aos seus tanques e artilharia.
Perante os parlamentares da Coreia do Sul, Zelensky assegurou ainda que os ocupantes russos tinham enviado "milhares de soldados" e "números colossais de equipamento" para o país, numa tentativa de "preparar novos ataques".
A ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a morte de pelo menos 1.793 civis, incluindo 176 crianças, e feriu 2.439, entre os quais 336 menores, segundo os dados mais recentes Organização das Nações Unidas (ONU).
O conflito levou também à fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,5 milhões para os países vizinhos, e a um número indeterminado de baixas militares.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
[Notícia atualizada às 23h04]
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