Ucrânia pode vir a combater Rússia com aeronaves soviéticas

As aeronaves são utilizadas pela Força Aérea Russa, assim como pelos países para onde foram exportadas.

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Notícias ao Minuto com Lusa
11/04/2022 20:19 ‧ 11/04/2022 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Rússia/Ucrânia

O ministro do Interior da Eslováquia anunciou, esta segunda-feira, que está a ponderar enviar à Ucrânia alguns dos 14 caças comprados à Rússia.

Segundo a Sky News, o responsável afirmou que as aeronaves só seriam enviadas para proteger o espaço aéreo ucraniano caso houvesse uma alternativa para a Eslováquia não ficar desprotegida.

"Depois podemos considerar este equipamento em relação à Ucrânia", referiu o primeiro-ministro da Eslováquia, após uma reunião com o homólogo belga, Alexander De Croo, que decorreu em Bratislava.

O anúncio surge depois de Volodymyr Zelensky pedir mais apoio militar. O uso destas aeronaves, as MiG-29, produzidas em território russo, já foi um tema em cima da mesa devido ao evento aumento de tensões entre a NATO e a Rússia. O primeiro ministro da Eslováquia têm vindo a considerar, no entanto, que usar equipamento russo é arriscado. 

"Depois da forma como a Rússia se tem vindo a comportar, [a utilização] de equipamento russo está a tornar-se um risco", disse Eduard Heger.

Para o ministro da Defesa da Eslováquia, Jaroslav Nad, a defesa do espaço aéreo pode ser realizada a partir de uma base norte-americana em solo polaco.

"Existem várias possibilidades, mas é uma questão que cabe aos militares planearem, às nossas [forças] ou as da Aliança [Atlântica]", tinha realçado Jaroslav Nad no domingo.

O responsável pela pasta da Defesa na Eslováquia alertou ainda que será um problema "manter no ar" os caças MiG-29, visto que estes são mantidos por mecânicos russos.

A Eslováquia não é o único país que importou os caças da Rússia - também a Bulgária a Polónia têm caças fabricados na Rússia.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou pelo menos 1.793 civis, incluindo 176 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,5 milhões para os países vizinhos.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

[Notícia atualizado às 22h34]

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