Dois dias após a eleição presidencial dos Estados Unidos, em 2020, - quando os votos ainda estavam a ser contados - o filho mais velho de Donald Trump enviou uma mensagem ao então chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, a dizer: “temos controlo operacional”, conta a CNN. Aludindo assim ao facto de garantir que Trump conseguia um segundo mandato com maioria republicana no Senado e em estados decisivos.
Asha Rangappa, ex-agente especial do FBI, advogada e professora na Universidade de Yale, bem como analista da CNN, escreveu sobre o tema no Twitter. "O que isto deixa claro é que 6 de janeiro [invasão do Capitólio] não se baseou numa crença, boa fé ou que o resultado das eleições de 2020 foi decidido incorretamente - eles estavam a conspirar isto antes mesmo de os votos terem sido contados! O golpe foi o plano desde o início" escreveu. A afirmação de Asha recebeu aprovação de Laurence Tribe, professor de Direto Constitucional em Harvard.
Depois de fazer as declarações, a comentadora começou a ser alvo de chamadas de ódio por parte de apoiantes de Trump. No Twitter publicou um vídeo onde é possível ouvir uma chamada que recebeu de uma apoiante que a apelida de ser "castanha" [Asha tem ascendência indiana], a acusa de não "aguentar" não ser "branca" e de não ter "valores".
"Tu és feia. Achas que Deus não está a ver?", pode ouvir-se. Fala ainda de Biden como "aquele velho" que está sentado naquela a que chama a sua Casa Branca.
A comissão parlamentar que investiga o ataque ao Capitólio já terá informações suficientes para apresentar acusações contra Donald Trump, garante a representante republicana Liz Cheney, em entrevista à CNN. “Está absolutamente claro o que o presidente Trump estava a fazer”, acusou, assim como “várias pessoas ao seu redor. Sabiam que era ilegal mas fizeram mesmo assim”, apontou a vice-presidente do comité da Câmara dos Deputados que investiga os acontecimentos de 6 de janeiro de 2021.
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