Com a retirada russa, o número de corpos encontrados na região de Sumy tem vindo a aumentar "todos os dias" e já se encontra nas centenas, conforme revelou esta quarta-feira o autarca da região, Dmytro Zhyvytskyi. Segundo o responsável, muitos deles mostram “sinais de tortura”, tendo as “mãos atadas” e “ferimentos de bala”.
“Há mais de 100 civis mortos na região de Sumy. Infelizmente, este número cresce todos os dias”, disse o governador militar, citado pela CNN.
“Muitas destas pessoas são encontradas mortas com as mãos atadas e sinais de tortura, baleadas na cabeça”, complementou.
De acordo com Zhyvytskyi, o destino de “muitas pessoas permanece uma incógnita”, havendo negociações diárias no sentido de libertar aquelas que se encontram em cativeiro.
Desde o dia 8 de abril que o exército ucraniano controla toda a região de Sumy, mas o território ainda não é completamente seguro, uma vez que “existem muitas áreas minadas e inexploradas”, advertiu o autarca.
Segundo a agência ucraniana Ukrinform, estão a decorrer trabalhos de reconstrução e de restabelecimento da comunicação nas cidades mais populosas da região e que mais sofreram com os bombardeamentos do exército russo.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já matou quase dois mil civis, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
O conflito causou também a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de 4,5 milhões das quais para os países vizinhos.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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