Armas nucleares russas no Báltico? "Nada de novo", diz Lituânia

O ministro da Defesa da Lituânia considerou que as atuais ameaças russas são "estranhas", uma vez que mantém armas nucleares em Kaliningrado desde "sempre".

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Notícias ao Minuto
14/04/2022 10:38 ‧ 14/04/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Ucrânia/Rússia

Depois das ameaças por parte da Rússia de que aumentaria a sua defesa junto dos países nórdicos caso a Finlândia e a Suécia se juntem à NATO, incluindo a mobilização de armas nucleares, o ministro da Defesa da Lituânia, Arvydas Anusauskas, adiantou que armas nucleares russas estão no enclave de Kaliningrado, situado entre a Lituânia e a Polónia, antes mesmo do brotar do conflito na Ucrânia.

“A atual ameaça russa é estranha, quando sabemos que, mesmo sem a situação de segurança do momento, [a Rússia] mantém as armas [nucleares] a 100 quilómetros da fronteira com a Lituânia”, atirou o responsável, em declarações à agência Baltic News Service (BNS), citado pela Reuters.

“As armas nucleares sempre estiveram em Kaliningrado. A comunidade internacional, os países da região, todos sabem perfeitamente. [A Rússia] usa-o como ameaça”, rematou.

Também a primeira-ministra da Lituânia, Ingrida Simonyte, lançou esta quinta-feira que as ameaças russas no que toca o aumento da defesa, incluindo através de armas nucleares, não é “nada de novo”.

Esta quinta-feira, o vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, assegurou que a Rússia passaria a considerar a Finlândia e a Suécia como “inimigos” se os dois países aderissem à NATO, acrescentando que aumentaria a defesa nas fronteiras com os países nórdicos – incluindo a mobilização de armas nucleares –, e que o mesmo cenário aconteceria caso a discussão sobre o fim da neutralidade nuclear no Báltico prossiga.

Recorde-se que, esta quarta-feira, as líderes da Suécia e da Finlândia reforçaram a vontade de aderir à aliança numa conferência conjunta. Se a primeira-ministra sueca, Magdalena Andersson, quer perceber a vontade popular antes de apresentar o pedido de adesão em junho, a primeira-ministra finlandesa, Sanna Marin, anunciou que a decisão será feita nas próximas semanas.

Leia Também: Le Pen defende "aproximação" da NATO com a Rússia no final do conflito

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