"A fonte do incêndio no 'Moskva' está localizada. Não há chamas visíveis. As explosões de munições pararam", disse o Ministério da Defesa russo, citado pela agência espanhola EFE.
O chefe da administração militar regional de Odessa, Maksym Marchenko, disse, na quarta-feira à noite, que as forças ucranianas atingiram o navio de guerra russo com mísseis 'Neptuno', causando "danos graves".
Numa declaração divulgada hoje na rede social Telegram, a câmara da cidade ucraniana nas margens do Mar Negro disse que "uma tempestade e uma poderosa explosão de munições derrubaram o cruzador e este começou a afundar-se".
O ministério liderado por Serguei Shoigu não revelou a localização do 'Moskva', mas disse que "ainda está a flutuar" e que "o arsenal principal de mísseis não foi danificado".
A tripulação foi transferida para "navios da Frota do Mar Negro nas proximidades", disse ainda o Ministério da Defesa, sem precisar o número de pessoas envolvidas na operação.
Com 186 metros de comprimento, o 'Moskva' tem uma tripulação de 510 efetivos.
"Estão a ser tomadas medidas para rebocar o cruzador para o porto. As causas do incêndio estão atualmente a ser estabelecidas", acrescentou o Ministério da Defesa russo, depois de anteriormente ter admitido que o "navio foi seriamente danificado".
O porta-voz do Kremlim, Dmitri Peskov, disse que o Presidente russo, Vladimir Putin, foi informado sobre o incidente com o 'Moskva', segundo a agência oficial russa TASS, mas não referiu se deu quaisquer instruções sobre a questão.
"O 'Moskva' [Moscovo] é o navio principal da Frota do Mar Negro", destacou a TASS, referindo que o cruzador entrou ao serviço em 1983, e tem como principal armamento 16 lançadores de mísseis 'Vulkan P-1000'.
Nos primeiros dias da invasão da Ucrânia, lançada em 24 de fevereiro, o cruzador participou num ataque contra a ilha das Serpentes, no Mar Negro, durante o qual 19 marinheiros ucranianos foram capturados.
Os ucranianos foram posteriormente trocados por prisioneiros russos.
Em declarações à televisão britânica BBC, o diretor do instituto norte-americano de Estudos Marítimos da Rússia, Michael Petersen, disse que o navio "é um símbolo do poder naval russo no Mar Negro" e que a sua inutilização será um "verdadeiro impulso moral para os ucranianos".
A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 50.º dia, provocou um número de baixas civis e militares ainda por determinar, mas que diversas fontes admitem que será consideravelmente elevado.
O conflito também levou à fuga de quase 12 milhões de pessoas, incluindo 4,6 milhões para países vizinhos.
A comunidade internacional reagiu à invasão russa com sanções económicas e políticas contra Moscovo, e com o fornecimento de armas a Kiev.
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