Dmytro Zhivitskyi, governador militar da região de Sumy, afirmou que os russos estão “determinados” na tomada da Ucrânia, considerando que “a probabilidade de um novo ataque [em Sumy] é alta”. Agora, contudo, a cidade está preparada.
Se a 24 de fevereiro a região quase não tinha meios militares, tendo a população recorrido a cocktails molotov para se proteger, neste momento a história é outra. Em declarações à Reuters, o autarca revelou que os meios de defesa estão a preparar-se para um novo ataque, contando com um corpo militar que ultrapassa os mil voluntários.
“Segundo os russos, eles tinham planeado tomar Sumy em três a cinco dias. Aparentemente sabiam que em Sumy, naquela altura, quase não havia exército, e havia apenas defesa territorial”, complementou.
“Considero que a probabilidade de um novo ataque é alta. [Os russos] estão determinados e sabemos que a Rússia tem cerca de 150 milhões de pessoas. Até que os tanques e as pessoas se esgotem, continuarão [a ofensiva]”, justificou.
Desde o dia 8 de abril que o exército ucraniano controla toda a região de Sumy, mas o território ainda não é completamente seguro, uma vez que “existem muitas áreas minadas e inexploradas”, advertiu o autarca, na semana passada.
Segundo o responsável, foram encontrados mais de “100 civis mortos na região de Sumy”, número que “cresce todos os dias”.
“Muitas destas pessoas são encontradas mortas com as mãos atadas e sinais de tortura, baleadas na cabeça”, complementou.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já causou quase duas mil vítimas mortais, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU). Além disso, mais de 12 milhões de pessoas terão fugido, cinco milhões das quais para os países vizinhos.
A invasão foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição de sanções que atingem praticamente todos os setores da economia russa.
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