Adesão à UE. Bruxelas promete avaliar "rapidamente" respostas de Kyiv
A Comissão Europeia garantiu hoje que irá avaliar, "o mais rapidamente possível", a resposta das autoridades ucranianas ao questionário para uma eventual adesão à União Europeia (UE), aguardando agora um segundo conjunto de explicações de Kyiv.
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Mundo Ucrânia
"As autoridades ucranianas entregaram as primeiras respostas à primeira parte do questionário e estamos à espera da resposta à segunda parte do questionário", declarou o porta-voz principal da Comissão Europeia, Eric Mamer, falando na conferência de imprensa diária da instituição, em Bruxelas.
Um dia depois de a Ucrânia ter entregado em mão o primeiro conjunto de respostas, Eric Mamer disse à imprensa que, quando chegarem todos os esclarecimentos, Bruxelas vai "trabalhar diligentemente para produzir uma opinião".
"Não podemos apontar uma linha temporal específica sobre este assunto, mas já dissemos que o faremos [a avaliação] o mais rapidamente possível", concluiu o porta-voz.
Na segunda-feira, a Ucrânia entregou a sua primeira resposta formal ao questionário da Comissão Europeia sobre uma eventual adesão à UE, anunciou o chefe da delegação comunitária em Kyiv, considerando que "tempos extraordinários exigem uma velocidade extraordinária".
"Mais um passo no caminho da Ucrânia na UE. Honrado por receber do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, as respostas ao questionário da Comissão Europeia, que foi entregue pela presidente Ursula Von der Leyen há apenas 10 dias", divulgou o chefe da delegação comunitária em Kyiv, Matti Maasikas.
Numa publicação na rede social Twitter, acompanhada por várias fotografias do momento da entrega em mão da resposta formal de Ucrânia às questões de Bruxelas sobre a eventual adesão à UE, Matti Maasikas adianta que "tempos extraordinários obrigam a passos extraordinários e a uma velocidade extraordinária", aludindo à guerra causada pela invasão russa do país.
Há 10 dias, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, prometeu ao Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, a concretização "em semanas" de um relatório sobre a candidatura do país de adesão à UE.
"Este é um passo importante para chegar à UE", disse na altura Von der Leyen a Zelensky.
"Aqui começa o caminho em direção à UE", prometeu a chefe do executivo comunitário, ao garantir ao chefe de Estado ucraniano que a análise da candidatura por parte da Comissão "não vai ser, como sempre, uma questão de anos, mas antes de semanas".
Numa cimeira dos líderes da UE em Versalhes, arredores de Paris, a 10 e 11 de março, a Comissão Europeia recebeu o mandato do Conselho para elaborar um relatório sobre o cumprimento dos critérios de adesão pela Ucrânia e ainda pela Geórgia e pela Moldova.
Nesse encontro, os chefes de Estado e de Governo da UE não conseguiram acordo para conceder à Ucrânia o estatuto de país candidato quando Bruxelas concluir o seu relatório, uma decisão que requer a unanimidade entre os 27.
As regras europeias ditam que qualquer país europeu que respeite os valores comunitários --como a existência de instituições que garantam a democracia e uma economia de mercado -- e esteja empenhado em promovê-los pode pedir para se tornar membro.
Quando um país apresenta um pedido de adesão à UE, o Conselho convida a Comissão Europeia a dar o seu parecer sobre o pedido.
Em 28 de fevereiro, Volodymyr Zelensky assinou o pedido formal a Bruxelas da adesão da Ucrânia à UE.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
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