UE desenvolve Fundo de Solidariedade para reconstrução da Ucrânia

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, anunciou hoje que a União Europeia (UE) está já a desenvolver um Fundo de Solidariedade para "apoio imediato e reconstrução de uma Ucrânia democrática".

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Lusa
19/04/2022 18:20 ‧ 19/04/2022 por Lusa

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Ucrânia

"A UE irá desenvolver o Fundo de Solidariedade da Ucrânia para apoio imediato e reconstrução de uma Ucrânia democrática", anunciou Charles Michel, numa publicação na rede social Twitter.

Na mensagem, o presidente do Conselho Europeu indicou estar, juntamente com o Presidente norte-americano, Joe Biden, e outros "parceiros com pensamento semelhante a coordenar ainda mais a resposta à agressão da Rússia contra a Ucrânia".

Charles Michel adiantou que, numa videoconferência hoje com Joe Biden, discutiu "a necessidade de mais ajuda humanitária, financeira e militar" à Ucrânia.

No Conselho Europeu de 24 e 25 de março passado, em Bruxelas, os líderes dos 27 do bloco comunitário salientaram que a UE está empenhada em prestar apoio ao Governo ucraniano para as suas necessidades imediatas e para a "reconstrução de uma Ucrânia democrática", assim que a ofensiva russa tiver cessado.

Para isso, os líderes da UE concordaram em criar um Fundo Fiduciário de Solidariedade da Ucrânia e também apelaram que se iniciem rapidamente os preparativos e que seja organizada uma conferência internacional para angariar fundos.

Dados de Bruxelas indicam que a UE já atribuiu 93 milhões de euros em assistência humanitária para ajudar os civis afetados pela guerra na Ucrânia, incluindo 85 milhões de euros para a Ucrânia e oito milhões de euros para a vizinha Moldova.

Este apoio visa ajudar as pessoas dentro da Ucrânia e as que fugiram para os países vizinhos, fornecendo alimentação, água, cuidados de saúde e abrigo.

O financiamento faz parte de um pacote de emergência da UE de 500 milhões de euros para responder às consequências humanitárias da guerra, tanto dentro como fora da Ucrânia.

A ofensiva militar lançada na madrugada de 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, mais de 5 milhões das quais para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU - a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 55.º dia, já matou mais de 2.000 civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito mais elevado.

Leia Também: Adesão à UE. Bruxelas promete avaliar "rapidamente" respostas de Kyiv

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