"Esperamos que o acordo com o FMI seja aprovado pelo conselho de diretores [do fundo] em maio e que o início de implementação do programa aconteça em junho", declarou o governante, à margem dos Encontros de Primavera do FMI e Banco Mundial, em Washington, Estados Unidos da América.
A expectativa surge em linha com o cronograma que tem sido também preconizado pelo fundo para o programa de reformas macroeconómicas e estruturais acordado com Maputo.
O FMI anunciou em 28 de março que chegou a acordo com Moçambique para a aplicação de um Programa de Financiamento Ampliado no valor de 470 milhões de dólares (428 milhões de euros) até 2025, desembolsando ajuda financeira pela primeira vez desde o escândalo das dívidas ocultas.
Além do FMI, Max Tonela pediu hoje também "maior apoio" ao Banco Mundial, sem precisar valores, mas aludindo à "magnitude" das reformas que o país deve empreender.
"Gostaríamos de ter maior apoio do Banco Mundial na mobilização de recursos", afirmou num encontro com o vice-presidente da instituição para a África Oriental e Austral, Hafez Ghanem.
"Temos enfrentado vários desafios, que resultam, principalmente, de choques associados às mudanças climáticas, covid-19, ações terroristas no norte do país [Cabo Delgado] e agora as incertezas geradas pelo conflito entre Rússia e Ucrânia", justificou Tonela.
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