Reunião hoje em Kyiv com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, e a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Fredericksen. Obrigado por estarem perto dos ucranianos numa altura tão difícil!", escreveu o Presidente ucraniano numa mensagem na sua página na rede social Facebook.
Zelensky acompanhou a mensagem com um vídeo em que é visto no momento em que recebeu Sanchez e Fredericksen em Kiev, acompanhado por outros membros do governo ucraniano, e da reunião que tiveram depois.
Sánchez reafirmou hoje a solidariedade e o compromisso da Espanha com a Ucrânia, à chegada a Kyiv, num comboio proveniente da Polónia, com a primeira-ministra da Dinamarca.
O chefe do governo espanhol percorreu algumas das ruas da cidade ucraniana de Borodianka e emocionou-se com "o horror da guerra" que presenciou.
"Chocado ao ver os horrores e atrocidades da guerra de Putin nas ruas de Borodianka", escreveu o líder socialista, referindo-se ao Presidente da Rússia, Vladimir Putin, numa mensagem na sua conta do Twitter, acompanhada de um vídeo em que caminha pela cidade em ruínas ao lado de Mette Fredericksen.
"Não deixaremos o povo ucraniano sozinho", acrescentou.
Os corpos de nove civis foram encontrados quarta-feira em Borodianka, alguns mostrando "sinais de tortura", segundo a polícia na capital ucraniana.
Desde a retirada das forças russas, há três semanas, da região de Kiev, centenas de corpos de civis foram encontrados pelas autoridades ucranianas, que denunciam "crimes de guerra" cometidos por soldados russos, uma acusação rejeitada pela Rússia.
O anúncio da viagem do líder espanhol, na sequência de outros líderes europeus desde a invasão russa em 24 de fevereiro, tinha sido feito na terça-feira, mas o governo de Espanha não forneceu a data exata por razões de segurança.
Num outro sinal do compromisso da Espanha com a Ucrânia, Pedro Sánchez anunciou na segunda-feira a reabertura "dentro de poucos dias" da embaixada espanhola em Kiev, encerrada no dia seguinte ao início da ofensiva russa por razões de segurança.
A Espanha acolheu 134.000 ucranianos e 64.000 receberam proteção temporária, incluindo licenças de habitação e de trabalho.
Madrid enviou uma dúzia de aviões para a Ucrânia com "centenas de toneladas" de armas e material humanitário a bordo, anunciou segunda-feira a ministra da Defesa, Margarita Robles.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, mais de cinco milhões das quais para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU -- a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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Lusa/fim