Reino Unido aplica sanções a líderes militares russos
O Governo britânico anunciou hoje novas sanções contra líderes do exército russo que, segundo Londres, são responsáveis por "cometerem atrocidades na linha da frente" da guerra contra a Ucrânia.
© Getty Imagens
Mundo Rússia/Ucrânia
Na lista do Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico constam quatro generais e comandantes militares russos, incluindo o tenente-coronel Azatbek Omurbekov, o homem apontado como responsável pelo massacre de Bucha.
As autoridades britânicas dizem que o chamado "carniceiro de Bucha" comandou as forças que ocuparam a cidade nos arredores de Kiev onde as autoridades ucranianas e ocidentais alegam terem sido cometidos crimes de guerra e homicídios de civis, estimando-se que tenham morrido cerca de 350 pessoas.
Omurbekov e vários outros estão sujeitos a proibição de viagem e congelamento de bens.
As autoridades britânicas também alargaram a lista de sanções a indivíduos e empresas que apoiam a invasão russa da Ucrânia incluindo Oleg Belozyorov, presidente da empresa de logística Russian Railways, e fornecedores e fabricantes de armas russos, como a Kalashnikov Concern.
Neste grupo de pessoas estão ainda Ilya Kiva, deputado ucraniano expulso pelas suas posições pró-russas e que questionou a soberania e a independência da Ucrânia ao apoiar a invasão russa do país vizinho.
No pacote de hoje estão mais 19 indivíduos e entidades sujeitos a sanções, alinhando a lista do Reino Unido com outros países do G7 (as sete maiores economias mundiais) e da União Europeia (UE).
"A depravação do ataque da Rússia ao povo da Ucrânia é clara para todos verem. Eles estão deliberadamente a atacar hospitais, escolas e terminais de transporte em Mariupol e noutros sítios, tal como fizeram na Chechénia e na Síria", disse a ministra dos Negócios Estrangeiros britânica, Liz Truss.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, mais de 5 milhões das quais para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU -- a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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